domingo, 1 de abril de 2012

Essas manhãs pareciam o inferno,com o sol que refletia no vidro da janela do quarto e me acertavam a cara como um pugilista nocaltiando seu rival.O mundo de ontem já era lembrança e uma ressaca moral fazia meu estomago misturar tudo como um liquidificador.
Ao levantar parecia que haviam derrubado um balde de água em meu corpo,a cabeça girava como se tivesse dançando ciranda a noite toda em cima de mim,meu corpo era só dor,mas ainda havia um sorriso debochado,acendi  um cigarro,prendi entre os dentes,e cinzas na barba,nas cobertas,no colchão,então um bom sinal.
  Cabelos castanhos na minha cara,de uma estranha conhecida,que roncava como um trator me faziam voltar as náuseas,mas ela tinha um corpo esculpido por artista dos céus e um rosto inocente,estava tendo uma ereção matinal ao olhar pensando no quebra-cabeças que seria para lembrar como tudo tinha começado,tanto faz,a única forma de me livrar disso reconstituindo a noite,então virei para o lado e me servi mais uma dose,acho que todos precisamos de um banheiro próximo nesses momentos,seria uma injustiça passar a noite toda bêbado e o dia são esperando pela próxima noite como quem espera pela calma absoluta sem se quer acender um cigarro.Bem,parece ela está acordando,não me questiono se digo: -Bom dia querida. ou ofereço um cigarro.Não ofereço meu drink,pagaria mais pela dose de whisky do que pela noite com ela,e também é uma questão pessoal,ambos me satisfazem igualmente,mas as bebidas não esperam nada de mim, a não ser meu pior.

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